
sexta-feira, 22 de maio de 2009
Livremente Amar

sábado, 9 de maio de 2009
Evanescence

I can't run anymore, I fall before you,
Here I am, I have nothing left,
Though I've tried to forget, You're all that I am,
Take me home, I'm through fighting it,
Broken, Lifeless, I give up, You're my only strength,
Without you, I can't go on,
Anymore, Ever again.
My only hope, (All the times I've tried)
My only peace, (To walk away from you)
My only joy,
My only strength, (I fall into your abounding grace)
My only power,
My only life, (And love is where I am)
My only love.
I can't run anymore, I give myself to you,
I'm sorry, I'm sorry,
In all my bitterness, I ignored, All that's real and true,
All I need is you,
When night falls on me, I'll not close my eyes,
I'm too alive, And you're too strong,
I can't lie anymore, I fall down before you,
I'm sorry, I'm sorry.
My only hope, (All the times I've tried)
My only peace, (To walk away from you)
My only joy,
My only strength, (I fall into your abounding grace)
My only power,
My only life, (And love is where I am)
My only love.
Constantly ignoring,
The pain consuming me,
But this time it's cut too deep,
I'll never stray again.
My only hope, (All the times I've tried)
My only peace, (To walk away from you)
My only joy,
My only strength, (I fall into your abounding grace)
My only power,
My only life, (And love is where I am)
My only love,
My only hope, (All the times I've tried)
My only peace, (To walk away from you)
My only joy,
My only strength, (I fall into your abounding grace)
My only power,
My only life, (And love is where I am)
My only love.
Sonata Arctica

I was nowhere near ready when all it ended
After Forever

Energize me with a simple touch
UnSun

I'll give you all I've got to give.
sábado, 2 de maio de 2009
SÓ MAIS UM POUQUINHO

Essa foto acima não é minha. Peguei nesse endereço:
www.myspace.com/joeyjordisonfansitemaggot
Todos os créditos para esse fansite. Muito bom por sinal!

sexta-feira, 1 de maio de 2009
SEM - timentos

Nesse momento tenho duas paixões explícitas, poesia e heavy metal. E são paixões abrangentes porque englobam tudo o que se relaciona direta ou indiretamente a elas.
Posso então dizer tranqüila e seguramente, sem culpas ou complexos mesquinhos, que estou apaixonada pelo baterista do Slipknot – Joey Jordison fenômeno - ou ainda que tenho uma queda - livre – pela Cora Coralina. Por que não? Qual o mal? São também eles sujeitos da minha paixão. E são sim sujeitos, não objetos, pois que são provocadores da minha ausência de razão, minha irracionalidade privilegiada, invejada por todos aqueles que almejam chegarem a ser como eu, uma eterna apaixonada.
Amanhã eu não sei. Meu humor é inconstante e insano. Bem como minhas paixões avassaladoras. E também os sujeitos não devem permanecer os mesmos, precisam ser substituídos. Mudanças são necessárias, fazem parte do crescimento.
Só posso garantir por hoje o que estou sentindo e vivendo. E não é sempre assim?
“Para se morrer, basta se estar vivo”. E a cada nova paixão nova trilha se abre a minha frente... E eu me reinvento mais um pouquinho absorvendo um bocado de meus sujeitos...
Que assim seja.
Slipknot *Snuff*



William Shakespeare Soneto 96
Nada há que impeça. Amor não é amor
Se quando encontra obstáculos se altera
Ou se vacila ao mínimo temor.
Amor é um marco eterno, dominante,
Que encara a tempestade com bravura;
È astro que norteia a vela errante
Cujo valor se ignora, lá na altura.
Amor não teme o tempo, muito embora
Seu alfanje não poupe a mocidade;
Amor não se transforma de hora em hora,
Antes se afirma, para a eternidade.
Se isto é falso, e que é falso alguém provou,
Eu não sou poeta, e ninguém nunca amou.
William Shakespeare Soneto 92
Enquanto eu viva tu és sempre meu,
Não há mais vida se tu não ficares,
Pois ela vive desse amor que é teu.
Por que hei de temer grande traição
Se tem fim minha vida com a menor;
De vida abençoado eu sou, então,
Por não estar preso ao teu cruel humor.
Tua mente inconstante não me afeta,
Minha vida é ligada à tua sorte;
Como é feliz o fato que decreta
Que sou feliz no amor, feliz na morte!
Porém que graça escapa de temer?
Podes ser falso e eu sequer saber.
William Shakespeare * Soneto 35 *

Erram todos, eu mesmo errei já tanto,
Os sentidos traíram-te, e meu senso
Na batalha do ódio com o amor:
Shakespeare
Ela por Ela Mesma
Minha Biografia
Rachel de Queiróz
Eis aí um punhado de crônicas – gênero literário que quase se poderia dizer que é peculiar à literatura brasileira. Pelo menos, é voz geral que a crônica, tal como a fazemos aqui, é realmente coisa nossa.
Sou uma contumaz usuária do gênero, só na “Última página” da revista O Cruzeiro fiz crônicas durante trinta nãos cravados: do início de 1945 até quando a revista fechou, em 1975.
Será talvez a crônica o gênero literário mais confessional do mundo. Pois o cronista, quase invariavelmente, tira o tema dos comentários que faz do seu próprio cotidiano, ou do assunto do dia no país, na cidade, no seu bairro. Até da sua casa, da sua estante de livros. Quando vêm me importunar com a exigência (que eu detesto) de escrever minhas memórias, a resposta que dou é sempre a mesma: a quem quiser me saber minha biografia, leia as minhas crônicas. Pela data e o local de cada uma, já há uma informação. E tudo que comento, que canto e que exploro, foi tirado de meu dia-a-dia: o menino que me trouxe uma flor, o espetáculo de teatro a que assisti, as memórias de infância, as lembranças e apelos do Ceará, sempre me cantando no sangue. E os fatos políticos, já que sou essencialmente um animal político, sempre me interesso apaixonadamente por tudo que acontece nessa área, seja na minha província, no meu município, no país ou no resto do mundo.
Também os sentimentos, as angústias e esperanças, alvoroços de coração, saudades, perdas, promessas, e alegrias, tudo isso aparece na crônica, aberta ou disfarçadamente – compete ao leitor inteligente desvendar nas entrelinhas. Ou constatar na frase aberta.
Nos romances, claro que a gente se desvenda também. Mas há sempre a figura do personagem a mascarar a face do autor e, se na criação romanesca você também pode contar tudo, ou quase tudo, a variedade dos personagens estabelece a necessária confusão, e quase nunca o leitor vai saber se você se retratou na rapariga insolente e predadora, na velha amargurada de más lembranças ou, até mesmo, no personagem masculino que, apesar disso, tem tanto de sua alma. Afinal de contas, alma não tem sexo, dizem os que entendem dessas coisas do outro mundo.
Leiam pois este punhado de crônicas e vão desculpando. O leitor é que assume, realmente, o nosso juízo final.
Amor

Outro dia liguei o rádio e ouvi que faziam um concurso entre os ouvintes procurando uma definição para amor. As repostas eram muito ruins, até dava para se pensar que nem ouvintes nem locutores entendiam nada de amor realmente; o lugar-comum é mesmo o refúgio universal, que livra de pensar e dá, a quem o usa, a impressão de que mergulha a colher na gamela da sabedoria coletiva e comunga das verdades eternas. O que, aliás, pode ser verdade.
Mas a idéia de definição me ficou na cabeça e resolvi perguntar por minha conta. Tive muitas respostas. A impressão geral que me ficou do inquérito é que de amor entendem mais os velhos do que os moços, ao contrário do que seria de imaginar. E que menos os profissionais que os amadores – digo os amadores da arte de viver, propriamente, e os profissionais do ensino da vida.
Vamos ver:
Dona Alda, que já fez bodas de ouro, diz que o amor é principalmente paciência. Indaguei: e tolerância? Ela disse que tolerância é apenas paciência com um pouco de antipatia. E diz que amor é também companhia e amizade. E saudade? Não, saudade não: saudade se tem de pessoas, das alegrias, das coisas, da mocidade, da infância dos filhos. Mas do amor? Não. Afinal, o amor não vai embora. Apenas envelhece, como a gente.
A jovem recém-casada me diz que o amor é principalmente materialismo. Todos os sonhos das meninas estão errados. Aquelas coisas que se lêem nos livros da Coleção das Moças, aqueles devaneios e idealismos e renúncias e purezas, está tudo errado. Quando a gente casa é que a gente vê que amor não passa de materialismo.
Terezinha de Jesus, às vésperas de botar no mundo o seu filho de mãe solteira, responde: “Amor? É iludimento. No começo é dançar, tomar Coca-Cola com pinga, ganhar corte de pano e caixa de pó-de-arroz. Depois é a barriga e todo mundo apontando, e o camarada sumido”.
Semana que vem vai pra maternidade. Quem quiser lhe falar de amor venha, que ela tem uma resposta. Mas impublicável.
Um senhor quarentão, bem casado, pai de filhos: “Amor como se entende em geral, é coisa da juventude. Depois de uma certa idade, amor é mais costume. É verdade que tem a paixão com seus perigos. Mas você falou em amor e não em paixão, não foi?”
- E de paixão, que me diz? – Aí ele se fecha em copas. “Deixo isso para os jovens. Velhote apaixonado é fogo. E eu não passo de um pai de família.”
A mãe da família desse senhor: “Amor? Bem, tem amor de noiva, que é quase só castelos e tolice. Tem o de jovem casada, que é também muita tolice – mas sem castelos. Complicado, com ciúme, etc., mas já inclui algum elemento mais sério. E tem o amor do casamento, que é a realidade da vida puxada a dois. Agora, o amor de mãe... Você perguntou também o amor de mãe?”
Respondi energicamente que não; amor de mãe, não. Quero saber só de amor homem com mulher, amor propriamente dito.
Diz o solteiro, quase solteirão, que se imagina irresistível e incasável: “Amor é perigo. Só é bom com mulher sem compromisso. Com moça donzela dá em noivado, com mulher casada dá em tragédia. O melhor é amor forte e curto, que embriaga enquanto dura e não tem tempo para se complicar. Aquela história de marinheiro com um amor em cada porto tem o seu brilho, tem o seu brilho”.
O pastor protestante diz que o amor é sublimar a atração entre dois seres, é atingir a mais alta e pura das emoções. Não confundir amor com sexo! E perguntado – sendo assim, por que casam os pastores? Ele responde citando São Paulo: “Porque é melhor casar do que arder”.
Já o padre católico não elimina o sexo do amor. Explica que, pelo contrário, o sexo, no amor, é tão importante como os seus demais componentes – o altruísmo, a fidelidade, a capacidade de sacrifício, a ausência do egoísmo. E é tão importante que, para santificar o amor sexual – o amor conjugal – a Igreja o põe sob a guarda de um sacramento, o santo matrimônio. E ante a pergunta: se é tudo assim tão santo, por que os padres não casam? O padre velho não se importa com a impertinência, sorri: “Nós nos demos a um amor mais alto. Casamento, para nós, seria pior que bigamia...”
E por último tem a matrona sossegada que explica: “Amor? Amor é uma coisa que dói dentro do peito. Dói devagarinho, quentinho, confortável. É a mão que vem da cama vizinha, de noite, e segura a sua adormecida. E você prefere ficar com o braço gelado e dormente a puxar a sua mão e cortar aquele contato. Tão precioso ele é. Amor é ter medo – medo de quase tudo – da morte, da doença, do desencontro, da fadiga, do costume, das novidades. Amor pode ser uma rosa e pode ser um bife, um beijo, uma colher de xarope. Mas o que o amor é, principalmente, são duas pessoas neste mundo”.
Rachel de Queiróz {19-5-1962}