sexta-feira, 1 de maio de 2009

William Shakespeare Soneto 92

Faz teu pior pra mim te afastares,
Enquanto eu viva tu és sempre meu,
Não há mais vida se tu não ficares,
Pois ela vive desse amor que é teu.
Por que hei de temer grande traição

Se tem fim minha vida com a menor;
De vida abençoado eu sou, então,
Por não estar preso ao teu cruel humor.

Tua mente inconstante não me afeta,
Minha vida é ligada à tua sorte;
Como é feliz o fato que decreta
Que sou feliz no amor, feliz na morte!


Porém que graça escapa de temer?
Podes ser falso e eu sequer saber.

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